Trabalho com conteúdo online, casei recentemente e, como vocês sabem, tenho o blog, um projeto dedicado a compartilhar referências com as noivas. Com tudo isso, seria normal falar do mercado de casamentos como uma puxa sac… Digo, como uma aliada. Bem, não é o caso.

Não que eu seja uma inimiga. Cruzes! Mas o fato é que, mesmo tirando a aliança da mão direita e colocando-a na esquerda, continuo me sentindo um pouco noiva. E sei perfeitamente o quanto organizar o casamento pode ser angustiante, difícil e até frustrante.

É muito “tem que”. Tem que ter, você tem que emagrecer, tem que ter bem-casado, tem que ter cinco tipos de doce, tem que ter presente para os padrinhos, tem que ter bar, tem que ter o que você pode e o que você não pode pagar. Quem mandou querer casar?

Não quero dizer que não amei a experiência. Ao contrário. O intuito aqui não é desencorajar ninguém. Minha intenção é justamente dizer “que se foda!”.

Que se foda o que vendem como imposição. Faça o que quiser e o que seu bolso permitir. Os casamentos mais lindos que já vi incluíam personalidade, não excesso.

É claro que casar será sempre uma opção custosa, por mais simples que seja, mas — pelo amor de deus! — não deixe que nenhum blog venda o conceito errado.

Não deixe que nenhum fornecedor diminua sua empolgação. Não deixe que ninguém desdenhe do seu sonho!

Há muita pressão. Gastos. Imposições. Ficar livre disso é tão importante quanto escolher o vestido ideal.

Aliás, a pressão começa na escolha do vestido. Você não terá tanta facilidade para encontrá-lo se estiver fora do padrão. Ouvirá coisas do tipo: “Ué, não vai perder peso para o casamento?”.

Depois virão escolhas como buffet e decorador, e sempre haverá um prato mais caro, uma flor que você PRE-CI-SA, uma fita de bem-casado que custa os olhos da cara.

Conheço casais que começaram a vida a dois pagando as contas do casamento. Péssima ideia!

Procure mergulhar no que vocês idealizaram. Não ceda!

Não emagreça se não quiser, não use branco se não quiser, não deixe de usar decote coração porque disseram que não combina com o seu corpo. Não sofra pela maldita fita de veludo que encareceria tudo, desista do que é supérfluo e atrapalhará o orçamento.

Só não desista de celebrar o amor, ainda que a sua festa ideal inclua menos de 30 pessoas em uma churrascaria pequenininha.

Menos “tem que ter”. Mais “vai ser do meu jeito”.

E viva os noivos!

(Originalmente publicado no Medium.)