O enlace da vez, um lindo casamento em Campos do Jordão, combina com o friozinho dos últimos dias.

Além de aconchego e muito amor, tem aquela leveza gostosa de um mini wedding de inverno.

A Fernanda e o Marcel são desses casais que talvez nunca tenha se imaginado casando, ao menos não nos moldes tradicionais. Que bom! Foi justamente a busca por opções com a cara deles que proporcionou o clima gostoso das fotos.

E que fotos! A equipe Somos Fratelli arrasou nos registros, captando a essência dos noivos e a intimidade da celebração.

Outro destaque foi o trabalho da Deborah Cattani na consultoria de imagem, uma ajuda fundamental para que o noivo se sentisse ele mesmo no grande dia.

Nem preciso comentar os detalhes, afinal, incríveis que são, a Fernanda e o Marcel enviaram um depoimento lindo, completo e feito a quatro mãos.

Aproveite as informações e confira todo o relato, que é leve e agradável como um cobertor quentinho… A personalidade do casal, a vontade de fazer tudo em conformidade com o que acreditam e o carinho por esse dia especial são inspiradores!

Com vocês, um lindo casamento em Campos do Jordão.

Fernanda: Quando o Marcel e eu resolvemos nos casar, não imaginávamos a quantidade de detalhes com os quais teríamos que nos preocupar. Sabíamos, claro, que organizar um casamento demanda tempo, muita atenção, e cuidado, mas, como queríamos fazer um micro destination wedding ao melhor estilo DYI, achávamos que teríamos bem menos preocupações. Ledo engano.

Tínhamos pouquíssimo tempo hábil (começamos a falar em nos casar no final de março e casamos no final de julho), e uma imensa logística para nos preocupar. Tivemos, felizmente, um grande apoio da minha família, principalmente dos meus pais, da minha irmã e do meu cunhado, que, como fotógrafos de casamentos, estão habituados a ver e lidar com muitos profissionais da área.

Eles nos viram completamente perdidos, querendo fazer um casamento bem diferente dos casamentos tradicionais brasileiros, porém mantendo os nossos valores e raízes, e abraçaram a ideia com a gente. A minha irmã, porém, não gostou nem um pouquinho da ideia de o Marcel querer se casar sem usar o tradicional costume: terno e gravata definitivamente não o definem, apesar de ele os usar quando necessário.

Mas, sabe, era o nosso dia, era o dia dele, e, acima de tudo, nós queríamos que ele estivesse lá como ele, não fantasiado de outro alguém… Foi aí que ela nos apresentou a Deborah Cattani, uma excelente pessoa e profissional especializada em dar consultoria aos noivos que, ao contrário do que muitos pensam, merecem a mesma dose de atenção, cuidado e mimos dispensados à noiva.

Marcel: Conhecer a Deborah foi, para mim, uma grande bênção! Poder contar com a ajuda, o olhar crítico, a amizade, o profissionalismo, e, acima de tudo, o respeito dela pelas minhas características, foi sensacional. Nunca me esqueço, nós a conhecemos no dia primeiro de junho, exatamente 57 dias antes do nosso casamento. Não sabíamos o que esperar, mas fomos à primeira reunião com medo e quase certeza de que ela iria querer me colocar em um terno, gravata, suspensórios, gravata borboleta e tudo mais, indo completamente contra tudo o que eu queria usar.

Achávamos que, para um profissional da área, pouco importaria o nosso estilo, o que nós queríamos. Estávamos completamente enganados. A Deborah nos ouviu. Ela simplesmente sentou naquela mesa, olhou nos nossos olhou e nos ouviu.

Ouviu sobre a nossa vida, sobre o nosso namoro, noivado, e sobre o que esperávamos para o casamento. Pediu para ver as fotos do lugar e do vestido da Nanda. Admirou-se pelo fato de nós sermos professores, e por gostarmos tanto de estudar, por focarmos mais no intelecto e pouco na aparência, por amarmos os animais e por sermos simples e querermos um casamento rústico bem pequeno, com poucos elementos, porém cheio de significado.

Quando terminou de nos ouvir, ela nos olhou com um brilho nos olhos – parecia estar emocionada – e nos disse: eu vou abraçar a ideia de vocês, não vou tirar a essência do Marcel, vou respeitar os pedidos de vocês, e vou trabalhar totalmente fora do que estou acostumada, mas estou disposta a ajudá-los a terem o dia mais feliz da vida de vocês de uma forma como vocês jamais sonharam.

Fernanda: E ela não estava brincando. Nosso casamento foi muito, mas muito além do que imaginávamos, e ela nos ajudou a fazer isso acontecer. Ela se dedicou de corpo e alma para encontrar o melhor dentro das nossas condições, sem ferir as nossas personalidades, nos respeitando como poucos sabem fazer.

Nunca me esqueço do dia em que nos encontramos na prova da roupa do Marcel. É claro que ela chegou a fazer o Marcel provar um costume, e ele ficou lindo, óbvio, mas ela viu nos olhos dele que ele não estava confortável, que não era o que ele queria. Então ela o colocou na roupa que ele usou no casamento. E me pediu para ver, para opinar sobre qual look ele deveria usar. Eu queria ver só no dia, mas agradeço a ela pela sabedoria de ter me mostrado antes, e do jeitinho que ela o fez.

Me emociono só de lembrar: ele estava em uma varanda, no lindo pôr-do-sol outonal, de costas, ela me levou até ele e o fez virar. Eu não consegui me conter, ela precisou me segurar: as lágrimas me fizeram quase desmaiar, e ela, carinhosamente, segurou a minha mão e disse: é, casal, não tenho mais dúvidas… o look é esse!

Chegou a me mostrar a foto dele com o costume completo, mas aquele look inusitado, elegante, diferente e completamente ele, venceu de longe.

Marcel: E não foi só isso! Ela ajudou a vestir as nossas mães, o pai da Nanda, fez o look padronizado dos padrinhos em um estilo bem diferente do padrão, deu dicas preciosas que fizeram uma enorme diferença no dia, e nos ajudou a providenciar meias com estampa escocesa para mim e para os padrinhos e foulards de seda para os pais. Ah, e a minha lapela, que foi um detalhe à parte!

Fernanda: Sim, e o figurino da Cacau e da Gray, nossas filhas caninas.

Como nos casamos em Campos do Jordão, no fim da tarde e ao ar livre, queríamos que elas estivessem bem agasalhadas, mas quase erramos feio da escolha da roupa delas, já que elas também fizeram parte do casamento, pois entraram com o Marcel e ficaram lá durante toda a cerimônia, participando de vários cliques lindos, inclusive na hora do nosso ensaio.

Elas estavam tão impecáveis que quase roubaram a cena! E, se não fosse pela Débora, nada disso teria sido possível…. Somos eternamente gratos pelo carinho, cuidado, e simplesmente pela existência dela, cujo trabalho é se preocupar com vários detalhes desse dia tão especial, para que nós possamos nos preocupar apenas em curtir cada segundo do nosso dia mais feliz.

Marcel: Claro que também pudemos contar com uma equipe sensacional de fotógrafos para registrar cada detalhe desse dia tão especial, né? Eu nunca gostei de ser fotografado, mas a equipe Somos Fratelli, em parceria com a Duo Borgatto, nos deixou extremamente à vontade. E eu até que saí bem na foto!

Fernanda: Ah, para! Você sempre sai bem nas fotos! Eu, por outro lado, sempre fui apaixonada por retratos, paixão de família, por sinal, tudo culpa da minha mãe! A Julia Seloti, minha irmã, é fotógrafa da Duo Borgatto, e ainda tenho outro irmão no ramo da fotografia, que fez o nosso ensaio e o civil.

Eu não conhecia o Rafa e o Renato, mas eles realmente nos deixaram muito à vontade e captaram cada detalhe de absolutamente tudo.

Gente, o que era aquele vestido? Vamos falar? Francamente! A Mari Biasi é uma fofa, não só no atendimento (com a equipe maravilhosa dela), mas na riqueza de detalhes, poxa. Nunca na minha vida eu imaginei que teria um vestido tão lindo, de renda italiana, cheio de detalhes, e, ao mesmo tempo, tão rústico e condizente com o local, com o clima, com o romantismo inusitado que eu tenho.

Eu sou apaixonada por rendas, então sou suspeitíssima para falar do trabalho dela. O atelier é um charme, ela, um encanto. Me tratou como rainha desde o primeiro encontro e me ajudou a escolher o vestido que mais se parecia comigo, e muito rápido, pois tínhamos o tempo curto. Na primeira visita escolhi o modelo, mas ela tinha percebido que eu estava um pouco dividida entre dois tipos de blusa, então me deixou bem à vontade para refletir com calma, olhando as fotos, e decidir qual eu tinha gostado mais antes da segunda visita, na qual marcamos os ajustes necessários. Na terceira visita, fui fazer a última prova, com o cabelo e a maquiagem do dia, e já levei o vestido para casa.

A Deborah sabia que eu queria usar o xale da minha avó, que é simplesmente um arraso, e cheio de significado para mim. Ela me orientou a ver com a Mari o que ela achava, afinal, era uma criação dela, e também queríamos que combinasse. No dia da última prova, levei-o, e fiquei emocionada quando a Mari falou: esse xale é simplesmente perfeito para este vestido!

A mesma tonalidade, o mesmo tipo de detalhe, ela adorou, e eu, mais ainda. Teve gente, no dia, que até comentou comigo que achava que o xale tinha sido feito para o vestido, de tão perfeita que era a combinação. O cabelo e a maquiagem ficaram por conta da Rachel, da Puntuale. Outra que me fez sentir rainha. Um amor de pessoa, e uma profissional admirável. Eu fui falando o que tinha em mente, e ela, em minutos, colocou em prática. Uma maquiagem leve, sutil, discreta, mas cheia de técnica e das pinceladas firmes de quem sabe o que faz, e o faz com maestria. O cabelo, eu queria preso, com trança, valorizando o meu sidecut. Ela fez uma sugestão e pronto, já estava lá, me olhando no espelho e percebendo uma beleza que nem eu sabia que tinha. Minha maior preocupação era ficar parecendo drag, com aquela maquiagem exagerada e performática, mas me vi linda, sutil, princesa de conto de fadas, o que combinou muito com a música da minha entrada.

O Marcel não gosta de maquiagem, principalmente em excesso. O que fiz foi ir encontrar com ele e com a Deborah logo que saí do atelier da Mari, já com o vestido no carro. Soltei o cabelo, troquei o batom, tirei um pouco da sombra, e fui com o resto da maquiagem. Pensei: se ele olhar para mim e falar “o que é isso?” já ligo para a Rachel e falo para pensarmos em uma outra opção. Mas ele não falou. Ufa!

Marcel: E nem teria como falar. Ela estava ainda mais linda do que já é. Percebi que estava maquiada, mas não achei grosseiro, exagerado. Não tinha aqueles cílios que parecem leque, sabe? Era muito discreta, muito clean, muito ela. Dava para ver que o melhor dela estava ressaltado ali. Eu mal podia esperar pelo dia, para vê-la com o look completo. E, adivinha se eu não me emocionei… O lugar, também, ajudou, né? O que é aquele lugar!

Todos os que veem as nossas fotos nos perguntam se casamos fora do país. As árvores, as construções, a fogueira, aquele caminho que percorremos para chegar ao altar. O Ebenézer é lindo! A Nanda já conhecia, mas eu fui conhecer no dia no qual estávamos à procura do local perfeito para o nosso casamento. Não tinha como ser outro lugar.

Além de termos nos hospedado lá com a família e passado uma semana simplesmente inesquecível, curtindo o frio aquecidos pela lareira ou pelo fogão a lenha, bebendo vinho, batendo papo. Até depois da cerimônia, quem ficou lá, subiu para o nosso chalé e ainda ficamos muito tempo papeando, degustando um bom vinho, comendo os doces e o bolo do casamento. Aquele lugar é sensacional!

Como a decoração ficou por nossa conta, foi maravilhoso pegar os copos-de-leite da plantação, os pinhos, as folhagens do local, os bancos da cerimônia e da festa, as mesas, a lenha, o aquecedor para a capela na qual fizemos a festa. Eles disponibilizaram tudo, nos ajudaram a montar, deixar tudo em ordem.

Fernanda: Sim, o Josmar, a Marisa, e a Carol fizeram de tudo para adequar o local às nossas necessidades. Todos lá, todos, sem exceção, se desdobraram na montagem e na decoração para que, no dia, tudo estivesse perfeito. E estava. Não tenho palavras para agradecer!

Marcel: E os doces e o bolo da Soul Sweet? Nossa, o que é aquilo? Um primor, sem dúvidas. No dia em que nos encontramos com a Cecília para a degustação dos doces, ficamos maravilhados com a beleza, delicadeza, e sabor dos doces.

O bolo já conhecíamos, e eu, que nem sou muito fã de morango, comi uns três pedaços no dia em que provei o bolo. Então nem precisávamos degustar, pois já tínhamos certeza do bolo que queríamos. Foi um imenso prazer conhecer a Cecília e as obras de arte que ela nos serve.

Fernanda: Verdade. Lembro que ficamos na dúvida entre vários. Escolhemos os que mais combinariam com o clima e que aguentariam a viagem, pois são bastante delicados. Não nos arrependemos. Ouvi vários convidados comentando que nunca tinham comido doces tão requintados e igualmente saborosos antes. Os doces dela são tão lindos que dá até dó de comer, mas só até você colocar o primeiro na boca, pois aí não quer mais parar!

Marcel: E o buffet nós contratamos um de fondue, pois achamos que combinava com o clima e com o romantismo da ocasião. E, antes de os convidados entrarem para a festa, o buffet serviu caldos perto da fogueira para todos se aquecerem e curtirem o clima com as mantas que demos de lembrança.

Também só elogios! Nossa, relembrar tudo isso dá até vontade de casar de novo, com a mesma pessoa, claro, só para poder viver tudo mais uma vez. Em alguns anos, quem sabe?

Quem fez?

Fotografia: Somos Fratelli por Duo Borgatto • Consultoria do noivo: Deborah Cattani • Bolo e doces: Soul Sweet • Vestido de noiva: Mariana Biasi • Lapela: Boutonniere Lapelas • Cacau & Gray vestem: Bichinho Chic • Beleza: Puntuale • Local: Recanto Ebenézer • Buffet: Família Caggiano • Papelaria e decoração: DIY

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Escrito por Flávia Queiroz

Publicitária, content creator e dedicada a ações que aproximam pessoas. Sou viciada em casamentos, mas de um jeito diferente da Gretchen.

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